quarta-feira, 2 de maio de 2012

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1 comentário:

  1. ochoa
    XVII) Post-Scriptum
    Outra vez acendera um cigarro.
    Outra vez à janela.
    Outra vez pensara nela,
    e na última prova.
    Outra vez deglutira
    a metade do forçoso comprimido.
    A véspera fora festa rija:
    Incendiava-se o dividido fuel.
    O mundo tornava-se incomportável.
    Como sair disto?
    Se só restavam ilusórias seguranças.
    Tais como janela, cigarro,
    algum inesperado encontro,
    água por filtros purificada,
    ar ventando,
    de ignorado lugarejo.
    Donde infamemente renovava?
    Respirar, agasalhar, vestir,
    aguardar o alvorecer:
    O instante idealizado:
    Indiferença,
    e não ter que pesar,
    ao esclarecer soalheiro,
    a silêncio,
    brandura,
    sentimento.
    Despertar maravilhas;
    olhares crescendo,
    barba feita,
    cara a dar;
    pobreza, abandono,
    recôndito provento;
    fome,
    divinização,
    água;
    pão,
    vinho,
    mudez.
    Noite ante a janela,
    lidas, rotinas,
    paradoxalmente
    até à liberdade:
    Febre, suor frio,
    esparguete, fim roído.
    Beijos sumidos.
    Chuva miudinha
    sobre a chapa do carro.
    Até logo.
    Barrenta
    a rampa,
    o convento,
    a cerca,
    terra semeada,
    irmãzinhas afadigadas:
    Tudo lento, pleno, da memória.
    Evasão, ilusão,
    perpetuar
    o vasto dia;
    paisagens arruinadas,
    por fogo batidas.
    O deslizar da esferográfica
    pela completude,
    a remar a vento agreste,
    a ondas e marés,
    estridentando luzes, sons.
    Gola puxada à gabardina,
    um nó à cintura,
    e Celeste,
    igual,
    ante imprevistas emboscadas,
    resina d’instantes.
    A Leste do Paraíso
    lembras?
    O filme não,
    o livro li há muito.
    ‘Jesus is a soul man’
    …O mais violento e manso
    dos humanos.
    Coração vazio, alegria.
    Fugir até à cidade.
    Que é ainda teu,
    que, entre casa e rua,
    não houvesses estragado?
    Redizes Aleluia?
    Teus beijos, colombina.
    Sorrisos, reencontro.
    Blue-jeans rafadas,
    caímo-nos exaustos.
    As flores alumiam.
    Engrinaldam-se trepadeiras.
    Pássaros cantam
    o raiar da alegria quente.
    Cresce o Sinal.
    Um Te inquiriu
    se eras Rei.
    Tu o disseste, respondesTe,
    a chaga Tua viva, à Jerusalém Sem Fim.
    Na evocação
    mais firme
    dO Teu Nome,
    subo escadas;
    e ouço: Nega-te. Segue-Me. Ama.
    Matar com sono obsessões.
    ‘Um silêncio,
    com estrelas aparece
    pra lá da desolação’
    …Um anjo desagrilhoou Pedro.
    Aspérrimo luzeiro
    sacudindo-o
    o livrou.
    Enconvoscoave pgs 108-114 pdf in http://angeloochoa.net/
    Angelo ochoa castro manuel pedra canção nova cor unum poesia viva animauna testemunho pax
    http://informaticahb.blogspot.pt/2012/05/poesia-o-meu-amigo-e-poeta-angelo-ochoa.html

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