XXII) Do absurdo acordo curdo Os vendilhões do Templo: Ou o negócio da Língua: Ou o absurdo acordo curdo: Ochôa, efectua teu text sem dó nem piedade tecla por tecla, olho por olho, dente por dente. Põe de lado teu fundo cristão, dá-lhes barbaramente a esses bárbaros que te matam. De azorrague, como fez teu amigo Cristo aos que se apossavam do templo sagrado para mercadejar mijinhas. A esses tansos calhaus estúpidos, que vos querem pôr, a começar pelas criancinhas aprendizes da Mãe Língua, o colete-de-forças do absurdo acordo curdo. O ACORDO OU O ARMAGEDON CURDO OU O FACTO DO FATO: OU O FATUM DO FATO: Em provas de hoje em diante, até chegarem bisnetos a berrar: AQUI D’EL REI! ESTAMOS NUS! Comparemos a portuguesa língua com um fato completo de senhora saia e casaco ou de homem calças colete casaco. Sempre a construir-se em fina fazenda. Agora, o fato está em provas. Com o dito cujo acordo curdo absurdo. Com finalidade perversa de dar-lhe ductilidade e maleabilidade, vai de mexê-lo, e mexê-lo. Cose aqui, cose acolá, pesponta aqui, pesponta acolá, pesponta acolá, descose aqui, descose acolá, descose aqui, descose acolá, alinhava aqui, alinhava-se acolá, desalinhava aqui, desalinhava-se acolá. Vamos para prová-lo e, ao tentar o vestir, rebenta-nos pelas costuras. Fazemos então uma triste figura, pior, uma ignóbil figura, falsamente compostos dos retalhinhos dos retalhinhos, embrulhados dos frios nessa espécie de mantinha alentejana, igual a muitas que vemos pelas feiras das vaidades. Este é o factum, pior, o post-factum. Facto do fato: Estamos nus, ou, piorzinho, revestidos com lixo não reciclável. Este o lado perverso sem reverso da coisa do cose, cose, cozinhado que nos dão a comer, quer tenhamos ou não vontade. Nos matam, empalamados do cu à língua. Matam-nos a todos. Nus, sem fato, descorçoados, eis-nos. Pgs 120 a 123 in ENCONVOSCOAVE in um ultimo doc pdf in http://angeloochoa.net/ Tags Angelo ochoa manuel pedra enconvoscoave canção nova santo domingo missa inteira testemunho pax christi poesia viva Quarteira noite barbárie manã justiça liberdade verdade perdão amor
do absurdo 'acordo' curdo ochôa, Ângelo
ResponderEliminarhttp://angelo-ochoa.blogspot.com/2012/03/do-absurdo-acordo-curdo-ochoa-angeloavi.html
http://www.youtube.com/watch?v=DBWzNR9TusM&feature=youtu.be
XXII) Do absurdo acordo curdo
Os vendilhões do Templo:
Ou o negócio da Língua:
Ou o absurdo acordo curdo:
Ochôa, efectua teu text sem dó nem piedade
tecla por tecla,
olho por olho,
dente por dente.
Põe de lado teu fundo cristão,
dá-lhes barbaramente a esses bárbaros que te matam.
De azorrague, como fez teu amigo Cristo aos que se
apossavam do templo sagrado para mercadejar mijinhas.
A esses tansos calhaus estúpidos,
que vos querem pôr,
a começar pelas criancinhas aprendizes da Mãe Língua,
o colete-de-forças do absurdo acordo curdo.
O ACORDO OU O ARMAGEDON CURDO OU O FACTO DO FATO:
OU O FATUM DO FATO:
Em provas de hoje em diante,
até chegarem bisnetos a berrar:
AQUI D’EL REI! ESTAMOS NUS!
Comparemos a portuguesa língua com um fato completo de
senhora saia e casaco ou de homem calças colete casaco.
Sempre a construir-se em fina fazenda.
Agora, o fato está em provas.
Com o dito cujo acordo curdo absurdo.
Com finalidade perversa de dar-lhe ductilidade e maleabilidade, vai
de mexê-lo, e mexê-lo.
Cose aqui, cose acolá, pesponta aqui, pesponta acolá, pesponta
acolá, descose aqui, descose acolá, descose aqui, descose acolá,
alinhava aqui, alinhava-se acolá, desalinhava aqui, desalinhava-se
acolá.
Vamos para prová-lo e, ao tentar o vestir, rebenta-nos pelas
costuras.
Fazemos então uma triste figura, pior, uma ignóbil figura,
falsamente compostos dos retalhinhos dos retalhinhos,
embrulhados dos frios nessa espécie de mantinha
alentejana, igual a muitas que vemos pelas feiras das vaidades.
Este é o factum, pior, o post-factum.
Facto do fato: Estamos nus, ou, piorzinho,
revestidos com lixo não reciclável.
Este o lado perverso sem reverso da coisa do cose, cose,
cozinhado que nos dão a comer,
quer tenhamos ou não vontade.
Nos matam,
empalamados do cu à língua.
Matam-nos a todos.
Nus, sem fato, descorçoados, eis-nos.
Pgs 120 a 123 in ENCONVOSCOAVE in um ultimo doc pdf in http://angeloochoa.net/
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