Maria -- Poema do Amor à Mulher -- por Ângelo Ochôa 1 Maria -- Poema do Amor à Mulher -- por Ângelo Ochôa 2
Encantos, olhos abertos. Raiva, punhos cerrados. Asas, mãos a céus. Mágoa, do passado. Prece, livro a ler. Esperança, nome gravado. Fúria, fome de pão. Luta, teu bordado. Vida, tu a dizes, meiga rosa, verde prado. Morte, estar vivo. Palavra, ai pesado. Isto dito, eis retrato esboçado. Durmo, velo, ’s’sperado; fujo, fico do teu lado. Voo, tombo, atordoado. Amo, espero, arrojado; por flores aluado. Esta paz, lago habitado, canto: Chilreado, alma, voz, som, sopro alado. Paira noite, chão chovido. Abre o dia, fim datado. Abre a luz, dou-me enleado: Abrigada, céu, e fado. Se me ama, bondade demasiada, não lembra nenhum pecado. O choro já chorou. Vigia os dedos na r’scrita. Margem, água, poesia, onde tomba uma pétala. Põe os olhos em mim. Me quer, me tem. Gozo infindo seu regaço: Mãe, mulher, calhandra, senha, recado. Baixinho sussurra-me ao ouvido. Sacia-me do mel, manjar sagrado. Sonha-me um sonho sobre meu ombro reclinada. Meu tu, meu tudo, asa, porta, ave, cofre do bom cheiro, Maria. Infâmia pgs 42-44 ENCONVOSCOAVE http://angeloochoa.net/ Ângelo ochoa canção nova Maria mulher enconvoscoave amem Quarteira
Maria -- Poema do Amor à Mulher -- por Ângelo Ochôa
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http://www.youtube.com/watch?v=nPfnkIZuk9k&feature=youtu.be
Maria -- Poema do Amor à Mulher -- por Ângelo Ochôa 1
Maria -- Poema do Amor à Mulher -- por Ângelo Ochôa 2
Encantos,
olhos abertos.
Raiva,
punhos cerrados.
Asas,
mãos a céus.
Mágoa,
do passado.
Prece,
livro a ler.
Esperança,
nome gravado.
Fúria,
fome de pão.
Luta,
teu bordado.
Vida,
tu a dizes,
meiga rosa,
verde prado.
Morte,
estar vivo.
Palavra,
ai pesado.
Isto dito,
eis retrato
esboçado.
Durmo, velo,
’s’sperado;
fujo, fico
do teu lado.
Voo, tombo,
atordoado.
Amo, espero,
arrojado;
por flores
aluado.
Esta paz,
lago habitado,
canto:
Chilreado,
alma, voz, som,
sopro alado.
Paira noite,
chão chovido.
Abre o dia,
fim datado.
Abre a luz,
dou-me enleado:
Abrigada,
céu, e fado.
Se me ama,
bondade
demasiada,
não lembra
nenhum pecado.
O choro
já chorou.
Vigia
os dedos
na r’scrita.
Margem,
água,
poesia,
onde
tomba
uma pétala.
Põe os olhos
em mim.
Me quer,
me tem.
Gozo infindo
seu regaço:
Mãe,
mulher,
calhandra,
senha, recado.
Baixinho
sussurra-me
ao ouvido.
Sacia-me
do mel,
manjar sagrado.
Sonha-me
um sonho
sobre
meu ombro
reclinada.
Meu tu,
meu tudo,
asa, porta, ave,
cofre
do bom cheiro,
Maria.
Infâmia pgs 42-44 ENCONVOSCOAVE http://angeloochoa.net/
Ângelo ochoa canção nova Maria mulher enconvoscoave amem Quarteira