ochoa Tarde descobri a Serra Arrábida, onde está prà alma doce enlevo; tarde a descobri, mas ainda a tempo de seu abraço gozar, divino enleio. Branda me desfrute, íris dum mirar, branda me enlace, sonho realidade, brando me frua o seu frolido ar, arqueada onda da saudade, o meio-dia sem ocaso a clarear. - Na luz nado águas do meu nada; da hora a aura envolve-me alma; soo versos assim-assim diversos, graça a que nem meço início imenso. - Clamei não abraçarmos a terra da paz; não entregarmos a inteira vida; não matar-nos fome e sede de justiça. - Grande luz chegando cá. Noite dentro, aclarada alegria, humaníssimo amor já nos habita. Do sonho exultando s’encaminham pastores até ao luzir sem par, lá por Bethlehem. - Flor santa pobreza, comigo hoje durmas, adorável esposa, do Cristo Rainha. Ele te saboreou sábio corpo, de odor humilde, bondoso, casto. Proclamada paz radiosa, sacratíssima face cuspida ensanguentada.
ochoa
ResponderEliminarTarde descobri a Serra Arrábida,
onde está prà alma doce enlevo;
tarde a descobri, mas ainda a tempo
de seu abraço gozar, divino enleio.
Branda me desfrute, íris dum mirar,
branda me enlace, sonho realidade,
brando me frua o seu frolido ar,
arqueada onda da saudade,
o meio-dia sem ocaso a clarear.
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Na luz nado águas do meu nada;
da hora a aura envolve-me alma;
soo versos assim-assim diversos,
graça a que nem meço início imenso.
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Clamei não abraçarmos a terra da paz;
não entregarmos a inteira vida;
não matar-nos
fome e sede de justiça.
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Grande luz chegando cá.
Noite dentro, aclarada alegria,
humaníssimo amor já nos habita.
Do sonho exultando
s’encaminham pastores
até ao luzir sem par,
lá por Bethlehem.
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Flor santa pobreza,
comigo hoje durmas,
adorável esposa,
do Cristo Rainha.
Ele te saboreou sábio corpo,
de odor humilde, bondoso, casto.
Proclamada paz radiosa,
sacratíssima face cuspida
ensanguentada.