ochoa XVII) Post-Scriptum Outra vez acendera um cigarro. Outra vez à janela. Outra vez pensara nela, e na última prova. Outra vez deglutira a metade do forçoso comprimido. A véspera fora festa rija: Incendiava-se o dividido fuel. O mundo tornava-se incomportável. Como sair disto? Se só restavam ilusórias seguranças. Tais como janela, cigarro, algum inesperado encontro, água por filtros purificada, ar ventando, de ignorado lugarejo. Donde infamemente renovava? Respirar, agasalhar, vestir, aguardar o alvorecer: O instante idealizado: Indiferença, e não ter que pesar, ao esclarecer soalheiro, a silêncio, brandura, sentimento. Despertar maravilhas; olhares crescendo, barba feita, cara a dar; pobreza, abandono, recôndito provento; fome, divinização, água; pão, vinho, mudez. Noite ante a janela, lidas, rotinas, paradoxalmente até à liberdade: Febre, suor frio, esparguete, fim roído. Beijos sumidos. Chuva miudinha sobre a chapa do carro. Até logo. Barrenta a rampa, o convento, a cerca, terra semeada, irmãzinhas afadigadas: Tudo lento, pleno, da memória. Evasão, ilusão, perpetuar o vasto dia; paisagens arruinadas, por fogo batidas. O deslizar da esferográfica pela completude, a remar a vento agreste, a ondas e marés, estridentando luzes, sons. Gola puxada à gabardina, um nó à cintura, e Celeste, igual, ante imprevistas emboscadas, resina d’instantes. A Leste do Paraíso lembras? O filme não, o livro li há muito. ‘Jesus is a soul man’ …O mais violento e manso dos humanos. Coração vazio, alegria. Fugir até à cidade. Que é ainda teu, que, entre casa e rua, não houvesses estragado? Redizes Aleluia? Teus beijos, colombina. Sorrisos, reencontro. Blue-jeans rafadas, caímo-nos exaustos. As flores alumiam. Engrinaldam-se trepadeiras. Pássaros cantam o raiar da alegria quente. Cresce o Sinal. Um Te inquiriu se eras Rei. Tu o disseste, respondesTe, a chaga Tua viva, à Jerusalém Sem Fim. Na evocação mais firme dO Teu Nome, subo escadas; e ouço: Nega-te. Segue-Me. Ama. Matar com sono obsessões. ‘Um silêncio, com estrelas aparece pra lá da desolação’ …Um anjo desagrilhoou Pedro. Aspérrimo luzeiro sacudindo-o o livrou. Enconvoscoave pgs 108-114 pdf in http://angeloochoa.net/ Angelo ochoa castro manuel pedra canção nova cor unum poesia viva animauna testemunho pax http://informaticahb.blogspot.pt/2012/05/poesia-o-meu-amigo-e-poeta-angelo-ochoa.html
ochoa
ResponderEliminarXVII) Post-Scriptum
Outra vez acendera um cigarro.
Outra vez à janela.
Outra vez pensara nela,
e na última prova.
Outra vez deglutira
a metade do forçoso comprimido.
A véspera fora festa rija:
Incendiava-se o dividido fuel.
O mundo tornava-se incomportável.
Como sair disto?
Se só restavam ilusórias seguranças.
Tais como janela, cigarro,
algum inesperado encontro,
água por filtros purificada,
ar ventando,
de ignorado lugarejo.
Donde infamemente renovava?
Respirar, agasalhar, vestir,
aguardar o alvorecer:
O instante idealizado:
Indiferença,
e não ter que pesar,
ao esclarecer soalheiro,
a silêncio,
brandura,
sentimento.
Despertar maravilhas;
olhares crescendo,
barba feita,
cara a dar;
pobreza, abandono,
recôndito provento;
fome,
divinização,
água;
pão,
vinho,
mudez.
Noite ante a janela,
lidas, rotinas,
paradoxalmente
até à liberdade:
Febre, suor frio,
esparguete, fim roído.
Beijos sumidos.
Chuva miudinha
sobre a chapa do carro.
Até logo.
Barrenta
a rampa,
o convento,
a cerca,
terra semeada,
irmãzinhas afadigadas:
Tudo lento, pleno, da memória.
Evasão, ilusão,
perpetuar
o vasto dia;
paisagens arruinadas,
por fogo batidas.
O deslizar da esferográfica
pela completude,
a remar a vento agreste,
a ondas e marés,
estridentando luzes, sons.
Gola puxada à gabardina,
um nó à cintura,
e Celeste,
igual,
ante imprevistas emboscadas,
resina d’instantes.
A Leste do Paraíso
lembras?
O filme não,
o livro li há muito.
‘Jesus is a soul man’
…O mais violento e manso
dos humanos.
Coração vazio, alegria.
Fugir até à cidade.
Que é ainda teu,
que, entre casa e rua,
não houvesses estragado?
Redizes Aleluia?
Teus beijos, colombina.
Sorrisos, reencontro.
Blue-jeans rafadas,
caímo-nos exaustos.
As flores alumiam.
Engrinaldam-se trepadeiras.
Pássaros cantam
o raiar da alegria quente.
Cresce o Sinal.
Um Te inquiriu
se eras Rei.
Tu o disseste, respondesTe,
a chaga Tua viva, à Jerusalém Sem Fim.
Na evocação
mais firme
dO Teu Nome,
subo escadas;
e ouço: Nega-te. Segue-Me. Ama.
Matar com sono obsessões.
‘Um silêncio,
com estrelas aparece
pra lá da desolação’
…Um anjo desagrilhoou Pedro.
Aspérrimo luzeiro
sacudindo-o
o livrou.
Enconvoscoave pgs 108-114 pdf in http://angeloochoa.net/
Angelo ochoa castro manuel pedra canção nova cor unum poesia viva animauna testemunho pax
http://informaticahb.blogspot.pt/2012/05/poesia-o-meu-amigo-e-poeta-angelo-ochoa.html